BIO = vida; GRAFIA = escrita.
Então Biografia significa “registro da vida de uma pessoa”.
AUTO = a si mesmo.
Autobiografia significa “o registro escrito da própria vida”, ou seja, uma biografia escrita pelo próprio autor, o autor seleciona e narra acontecimentos de sua própria vida.
Escrever uma autobiografia é uma estratégia de auto conhecimento. Não é uma tarefa fácil, uma vez que não temos o hábito de escrever sobre nós mesmos. No entanto, esse desafio servirá para evidenciar fatos importantes do percurso de vida de cada um, possibilitando relacioná-los com o momento atual.
Como escrever uma autobiografia?
1. História: Antes de começar, você precisa entender que a sua história pode ser muito mais interessante do que você acredita.
2. Faça parecer interessante: O seu trabalho é pegar tudo aquilo que já viveu e tornar isso interessante para os seus leitores. Encontre os melhores pontos e trabalhe neles. Um bom truque é tentar lembrar o máximo que puder sobre sua vida e anotar aquilo que considera mais interessante.
3. Lembre-se dos detalhes: Embora seja óbvio que a sua autobiografia deve conter os acontecimentos mais importantes da sua vida, lugar de nascimento e essas informações básicas, lembre-se dos detalhes, são eles que dão vida ao seu texto. Conte sobre as curiosidades da sua família, como você lida com seus primos, pais e tios, etc. Você deve ter uma boa história sobre a casa da sua avó para contar.
4. Não pule etapas: Não vá do seu nascimento para a sua fase atual, isso deixa uma lacuna na sua história. Seja específico, fale sobre o seu crescimento, as experiências que passou até chegar ao que você é hoje. Muito do que você é hoje foi formado na sua infância. Não se esqueça de dizer isso na sua autobiografia.
5. Sua cultura: A maneira como você vive, se comporta, aquilo que você gosta e até mesmo o que não gosta. Tudo isso deve estar presente na sua autobiografia. Considere questões como as suas preferências musicais, literárias, seus alimentos favoritos, para quais lugares você gosta de sair, etc. Sem esse tipo de informação – que pode ser dada de forma implícita – sua autobiografia não contará a realidade sobre você.
Principais marcas próprias e que definem o gênero autobiografia como tal:
a) Quanto à análise do contexto de produção:
_ o protagonista da história é, obrigatoriamente, o próprio autor;
_ os textos tentam mostrar os principais episódios da vida do autor, de forma cronológica. Alguns dão maior ênfase a determinados períodos ou acontecimentos;
_ os textos que circulam pela Internet ou publicados em livros destinam-se a leitores em geral, sobretudo aos que têm interesse em conhecer melhor a vida de determinadas pessoas, sejam elas celebridades ou anônimos.
b) Quanto à análise do plano discursivo:
_ As Autobiografias são textos com marcas de implicação (o autor se mostra no texto). Quanto ao tipo de discurso, predomina o RELATO, uma vez que discorre sobre fatos reais exposto ao leitor. Por isso, são textos do tipo predominantemente narrativos.
_ Quanto ao seu plano global (estrutura geral do texto), as biografias podem organizar-se tanto como um texto longo (no caso de livros que relatam minuciosamente a história/trajetória do autor), como textos curtos (caso de textos autobiográficos que circulam na Internet, ou textos em que o autor quer apenas mostrar passagens de sua vida de forma mais objetiva).
c) Quanto à análise das marcas lingüísticas, os textos revelaram:
_ Uso abundante de pronomes pessoais e possessivos na primeira pessoa (tanto no singular quanto no plural);
_ Verbos constantemente no Pretérito Perfeito e no Pretérito Imperfeito, e algumas poucas vezes no Presente;
_ Palavras ou expressões com valor temporal (“há dez anos”, “naquele tempo”, “naquela época”, “tempo em que”, “um tempo depois”, etc.)
_ Marcadores espaciais / marcadores de lugar: (“era uma região...”, “naquele lugar...”, “foi o lugar onde...”, etc.)
_ Expressões que funcionam como modalizadores do discurso, principalmente advérbios modalizadores: provavelmente, certamente, etc. e, operadores argumentativos: um pouco, apenas, mesmo, etc.
_ Palavras/vocabulário utilizado para identificar objetos da época citada.
Fonte: Universia Brasil
AUTOBIOGRAFIA
Exemplos de autobiografia:
Texto 1:
Zeca Baleiro
VIDA
Conta a lenda maranhense que certo dia um pescador encontrou uma imagem de São José em alto-mar. Ele então recolheu o santo, voltou para a vila, e lá ergueu uma igreja em seu nome - São José de Ribamar (riba, a parte mais elevada).
A ORIGEM
Lian e Maria, dois comerciantes cristãos, saíram de Homs, na Síria, em 1905, rumo ao Brasil. Aportaram primeiro em Recife, Pernambuco, depois em Arari, interior do Maranhão. Lá, montaram uma loja e se estabeleceram. Tiveram sete filhos, entre eles, Antonio, meu pai.
Conta a lenda que ao serem registrados, o escrivão não conseguia escrever o sobrenome árabe. Então, teria sugerido: 'Que tal Santos?', no que foi totalmente aprovado, para encurtar conversa.
Felinto era um sapateiro violeiro. Casou-se com Hilda, que cantava no coro da igreja. Tiveram quatro filhos, entre os quais Socorro, minha mãe.
O APELIDO
Sempre fui um implacável consumidor de doces, balas e toda sorte de guloseimas. Quando ingressei na Universidade, entre uma aula e outra, saboreava minhas balas. Como já era sabido que eu sempre tinha (balas, hein, gente... é bom que se diga!), quando alguém desejava comer uma, vinha a mim. Daí para começarem a me chamar de Baleiro foi um passo. Confesso que, a princípio, aquilo não soava bem aos meus ouvidos.
O tempo passou, e dois anos mais tarde, num ímpeto inexplicável, resolvi abrir uma loja de balas, tortas e doces caseiros, a Fazdocinhá - nome tirado de uma tradicional cantiga de roda. Aí já não importava se eu gostava ou não do meu novo nome.
O SIGNO
Nasci em 11 de abril de 1966. Sou ariano, do terceiro decanato, com ascendente em Câncer e Lua em Capricórnio. No horóscopo chinês, sou Cavalo de Fogo
Fonte:www2.uol.com.br/zecabaleiro/
Atividade: Identifique no texto acima os elementos que definem o gênero autobiografia.
a)O protagonista da história: ________________________________________________________________________
b)Texto longo ou texto curto? _________________________ Justifique: _______________________
c)Uso de pronomes pessoais (retos, oblíquos), possessivos na 1ª. pessoa do singular? ____
Quais? _______________
_____________________________________________________________________________________________________
d)Presença de verbos predominantemente no Pretérito Perfeito ou Imperfeito? ___________. Copie alguns:
___________________________________________________________________________________________________
e)Há marcadores espaciais ou de lugar? ___________. Sublinhe-os no texto.
f)Palavra(s) usada(s) para identificar uma época citada: ___________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
Identifique nos textos 2 e 3 os elementos que definem o gênero autobiografia no idioma em estudo:
(Use as perguntas do exercício anterior e anote as respostas em uma folha separada)
Texto 2
This is my life....
My name is Karl Kristiansen. I was born in Connecticut. I spent most of my childhood in Stonington, a small, seaside town on the Connecticut-Rhode Island border. My father was a commercial fisherman and since he was from Norway, life on the sea was a natural for him. My mother was a housewife. We were the typical '50's family. Much of my childhood was spent around the docks and fishing boats of Stonington. In 1954, my father and a few of the other fishermen decided to try their luck at shrimping in Brownsville, Texas. After a few months, and very little success, we returned to Stonington. Most of the Stonington boats were selling their catches in New Bedford, MA, so it was no surprise that in 1959, we packed up and moved.
New Bedford remained my home through my secondary school years. I graduated from New Bedford High School in 1965. I had the opportunity to go to college, but I opted for a hitch in the Navy. If you recall, at that time, you only had a few choices: go to college, wait to be drafted, enlist or get married and hope for the best.
After an exciting ten weeks at NTC Great Lakes and a couple of weeks leave, I flew to Subic Bay in the Philippines, to catch my ship, the USS Mansfield DD-728. Our main mission was plane guard duty with the carrier USS Kittyhawk. We also alternated three day support fire missions with the other ships in our group along the Vietnam coast and up the Saigon River a couple of times. A lot of excitement for an eighteen year old kid. We had liberty calls in Hong Kong, Yokosuka, Subic Bay and Pearl Harbor. In June of 1966 I went to CT (Communication Tech) school in Pensacola, FLA. Upon graduation, I was sent to Bremerhaven, Germany for two years or so. After being discharged from the Navy in 1969, I returned home and met the girl I would end up marrying in April of 1970. We have two grown daughters and four grandchildren. We live in Acushnet, MA., which is right outside New Bedford.
As far as work goes, I have been involved in the textile graphics field ever since I got out of the Navy. I started out printing hand screens and then got involved with the making flat bed and lacquer and Galvano rotary textile screens. For the last several years, I have been a supervisor in the Textile CAD department at RothTec Engraving Corp. I get to use state of the art equipment and software. I love working with computers. My first was an IBM PC-jr. I have graduated to a wireless network with a desktop and laptop. I'm not an artist by any stretch of the imagination, but I have learned to do things with an image once I get a hold of it. I enjoy surfing the web and being involved in POW/MIA awareness programs such as Operation Just Cause and Operation Black Flag and making people aware of the plight of veterans who have health issues because of their exposure to Agent Orange. There are many wonderful and informative web sites out there and I want to see as many as I can. You can't learn if you don't look.
I enjoy working on my website (KarlsKorner.org). It helps me keep in touch with old shipmates and has afforded me the opportunity to meet new ones. In http://web.meganet.net/kman/nfv5.htm